RELAÇÕES DE GÊNERO E VIOLÊNCIA: CURRRÍCULO E VIDA NA ESCOLA
Journal Title: Revista Espaço do Currículo - Year 2010, Vol 2, Issue 2
Abstract
O currículo formal resume acordos sobre o que se deve transmitir de uma geração a outra na escola. O conhecimento consagrado científica, artística e filosoficamente é importante: línguas, matemática, ciências sociais e naturais, entre outras, vêm sempre à memória de educadoras e educadores envolvidos com o trabalho de planejar e avaliar os processos de ensino e de aprendizagem — trabalho esse que se constitui, inclusive, numa disputa pelo tempo e pelo espaço na escola. Muitas vezes, porém, outros saberes, ligados a problemas vitais para os seres humanos e nossa sociedade, recebem atenção pequena ou marginal nas práticas escolares oficiais. Se a vida em comum ainda é feita em bases muito desiguais, ferindo direitos humanos e princípios éticos, a escola frequentemente esquece‐se de (ou mesmo se recusa a) tratar formalmente de repressões, exclusões e outras práticas injustas motivadas, por exemplo, por preconceitos de raça/etnia, classe social, gênero, orientação sexual, religião etc. Já é bem aceito que, deixando de problematizar a vida, a escola termina por produzir e reproduzir práticas excludentes e sofrimentos, favorecendo iniqüidades e violências. Para revelar e criticar tais práticas, propondo alternativas que realçam a relação entre currículo e vida, outros conceitos foram forjados, entre eles “currículo oculto” e “currículo em ação”, úteis para entender vários problemas quotidianamente produzidos na escola — entre os quais dois bastante frequentes: a iniquidade nas relações de gênero, a que também se associa a violência, física e simbólica. Neste número, portanto, Espaço do Currículo apresenta artigos que têm como objetivos problematizar as relações de gênero — de desigualdade, dominação — e a violência na escola, bem como propor alternativas para superação de tais problemas, inclusive através da intervenção no/a partir do currículo. Mulheres e homens, educadores e educadoras, alunas e alunos, que nas escolas passamos grande parte de nossa vida (não raro, vale ressaltar, marcada por conflitos), somos convidadas e convidados, por pesquisadoras e pesquisadores de diversas instituições, a rever e pensar nossas práticas e a transformá‐las.
Authors and Affiliations
Maria Eulina P. de Carvalho, Fernando Cézar Bezerra de Andrade
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